quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Pernambuco vence Desafio Universitário Empreendedor

Depois de cinco dias de atividades intensas e muito aprendizado, Sebrae anuncia resultado da edição 2013 da competição


Mariana Ramos
Da Agência Sebrae de Notícias

Brasília - Foram cinco dias de descontração, brincadeiras e, é claro, muito aprendizado. Estudantes puderam vivenciar a experiência de montar uma empresa com a elaboração de plano de negócios, técnicas de entrevista, vendas e captação de clientes, investimento e adequações para que o empreendimento se tornasse, de fato, viável. Três alunos da Universidade Federal de Pernambuco foram os grandes vencedores entre os 81 finalistas de todo o país que disputaram a final do Desafio Universitário Empreendedor, em Brasília (DF). Sergipe e Rio Grande do Norte ficaram com o segundo e terceiro lugares, respectivamente.

A competição começou em agosto e, em sua primeira edição, mais de 17 mil estudantes participaram de diversas atividades online e presenciais, marcando pontos na nova ferramenta do Sebrae e se preparando para enfrentar o mercado de trabalho. Na primeira etapa, os alunos pontuaram quando cursaram disciplinas de empreendedorismo em suas instituições de ensino e capacitações presenciais ou a distância oferecidas pelo Sebrae. Também participaram de bate-papo na web com especialistas sobre temas de empreendedorismo e jogaram nos aplicativos disponíveis na plataforma.

“A universidade é tempo de curtir, de viver, mas também é um momento de muitas possibilidades de aprendizado. O Desafio Universitário Empreendedor cria o elemento que vai além da sala de aula. Quem participa sai na frente”, afirmou o diretor-técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos. “O Sebrae apoia os pequenos negócios e fomenta o empreendedorismo, o que significa construir o Brasil de amanhã. E é isso que estamos fazendo aqui hoje”, completou o diretor, durante a cerimônia de encerramento.

Já na segunda fase da competição, a disputa foi marcada pela descontração e competitividade de todas as equipes. A cada atividade, os alunos somavam pontos que seriam contabilizados ao final dos cinco dias. Foram selecionados dez grupos finalistas: RS, PE, SE, AL, RR, RN, MG, DF, ES e SP.

Os estudantes foram acompanhados por um grupo de mentores, empresários bem-sucedidos que os orientavam e apontavam os caminhos para um plano de negócio que realmente mostrasse a viabilidade do empreendimento, os pontos fortes e fracos, os potenciais clientes e quais as melhores estratégias de marketing para conquistá-los.

Mentores

Para os vencedores, os mentores foram fundamentais para que a ideia de negócio se tornasse um plano viável. O projeto, uma plataforma digital em que as pessoas podem consultar seu histórico médico on line, recebeu muitas modificações desde a sua concepção. “Sempre ouvia minha mãe reclamar de ter que juntar todos os exames e levá-los cada vez que ia a um médico diferente. Foi assim que tive a ideia.”, explica Larissa Santana, de 20 anos, estudante de Engenharia.

“Mas foi somente aqui, com a ajuda dos mentores, que percebemos que nossos clientes não seriam as pessoas, mas sim os planos de saúde. Se focássemos nas pessoas, o retorno financeiro seria muito baixo e inviabilizaria nosso negócio”, conta Lucas Silva, que cursa Engenharia e tem 20 anos. “Foi um grande aprendizado e, por meio do Sebrae, já estamos em contato com investidores que mostraram interesse em levar o projeto adiante junto com a gente”, revela Hugo Soares, 21 anos, aluno de Administração.

A banca de jurados era composta por dois especialistas do Sebrae e três potenciais investidores e especialistas do mercado. A equipe campeã ganhou uma viagem internacional de até dez dias a um grande centro de empreendedorismo e um tablet para cada integrante. Os que ficaram em segundo e terceiro lugares receberam um vale Empretec e um kit com publicações do Sebrae sobre empreendedorismo. Todos os 81 finalistas receberam um smartphone por serem os três primeiros colocados de seus estados.

Inscrições abertas

O Desafio Universitário Empreendedor não para: o site continua no ar e quem tiver interesse em participar do ciclo 2014 já pode acessar www.desafio.sebrae.com.br, inscrever-se e começar a pontuar.

Mais informações:
Assessoria de Imprensa Sebrae
(61) 2107-9300
(61) 2104-2770/2769/2766
(61) 3243-7851


sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Entrevista - Eudes de Souza Leão Pinto


O Blog do CENOR publica hoje uma entrevista exclusiva com o presidente da Academia Brasileira de Ciência Agronômica, Eudes de Souza Leão Pinto. Entre outros assuntos, ele aborda a expectativa de transformação da consciência nacional sobre as potencialidades agronômicas do Nordeste. Confira!

Blog do CENOR - Qual a importância da inauguração da Academia Brasileira de Ciência Agronômica dentro do atual cenário nacional de prioridades nos investimentos federais?

Eudes de Souza Leão Pinto - A importância da inauguração da Academia Brasileira de Ciência Agronômica dentro do atual cenário nacional de prioridades nos investimentos federais propicia uma aperfeiçoada integração das instituições responsáveis pelo desenvolvimento científico e tecnológico que geram o desenvolvimento econômico-social para a população brasileira servida pela Academia.

Blog do CENOR - Como presidente da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica, e agora presidente da Academia Brasileira, como o Sr avalia estes primeiros meses de ações realizadas depois da inauguração da instituição, em 24 de julho?

Eudes de Souza Leão - O exercício das presidências das duas Academias de Ciência Agronômica, a pernambucana, com 30 anos de existência e a brasileira com 1 ano, implica em pesado encargo, pois as duas Academias devem trabalhar bem harmonizadas, sem nenhum conflito de interesses, contribuindo para a tecnificação da agricultura, da pecuária e do abastecimento alimentar e industrial da nação.

Blog do CENOR - Hoje com 93 anos, há 50 lutando pela instalação da Academia Brasileira de Ciência Agronômica, o Senhor acredita que a entidade poderá levar adiante uma conscientização nacional sobre o melhor aproveitamento das potencialidades agronômicas do Nordeste, especialmente do Sertão nordestino, mudando definitivamente a imagem equivocada cravada no solo brasileiro da nossa região?

Eudes de Souza Leão - Acredito que o bom e perfeito manejo da agricultura, pecuária e abastecimento, apoiado num procedimento educativo racionalizado, empregado pelos rurícolas brasileiros, levará a uma conscientização nacional sobre o melhor aproveitamento das potencialidades agronômicas do Nordeste. Tal qual já aconteceu com os cerrados da Região Central do Brasil, que era tido como infértil e hoje é um extraordinário produtor de soja, milho e algodão.

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Até quando?


A notícia publicada no Jornal do Commercio deste domingo levanta mais uma vez o debate sobre a inconstitucionalidade na atual distribuição do Orçamento da União. É incrível que tanto silêncio envolva o tema por tanto tempo!

O CENOR vem mobilizando há anos uma campanha e já documentou provas concretas enviadas à Assembleia Legislativa de Pernambuco, mostrando que os investimentos federais aplicados hoje no Nordeste estão bem abaixo do que é determinado pela Constituição. Seguindo o que está estabelecido em nossa Carta Magna e utilizando as informações do Censo 2010, o Orçamento Federal deveria respeitar a seguinte proporcionalidade: Sudeste – 42,1%; Nordeste – 27,8%; Sul – 14,4%; Norte – 8,3% e Centro Oeste – 7,4%. A documentação, disponível na íntegra aqui no Blog do CENOR, inclui ainda um parecer emitido em 2006 pela Assessoria Jurídica da Alepe, legitimando a coerência da impetração de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) com relação ao descumprimento, por parte do Governo Federal, do Artigo 165, parágrafo 7° da Constituição, que estabelece que os investimentos em cada região brasileira devem ser proporcionais à população.

Um levantamento da Fundação Getúlio Vargas de 1982 esclarece que a participação do Nordeste nos investimentos nacionais ficou em 9,13%. Mesmo o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC I), que destinou um investimento de R$ 80 bilhões para o Nordeste de um total de R$ 503 bilhões, não conseguiu chegar nem perto do que seria constitucional. A nossa região recebeu 15,9% do total dos recursos, valor que ainda está bem abaixo dos 27,8% estabelecidos. Vale destacar que no mesmo levantamento das Despesas Globais Regionalizadas da FGV, o Sudeste recebeu no mesmo período 72,86% dos recursos do Orçamento da União.