sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

A Transroubalheira e as trapalhadas fora dos trilhos

Desde 2012 que o CENOR vem denunciando os vergonhosos fatos que envolvem a Transnordestina. Uma das propostas apresentadas em público pelo Centro de Estudos do Nordeste foi o encerramento da concessão pública atual e a sua substituição imediata. Há provas concretas com relação ao descumprimento das metas e outros erros cometidos pela Transnordestina Logística (TLSA), que apesar de todas as insatisfações e descumprimentos segue responsável pela obra.


Um exemplo: para favorecer o grupo atual no edital de construção da Transnordestina, modificou-se até a legislação da SUDENE, que proibia a utilização de recursos do FINOR, juntamente com outros recursos federais. Além do FINOR foram liberados recursos do FNDE (que ainda não tinha sido nem regulamentado) e do BNDES.

Há indícios concretos de que através de algumas manobras a empreiteira está recebendo quase o dobro do valor da construção.

A atual concessionária da operação da via férrea venceu o leilão de arrendamento da Rede Ferroviária Federal – Malha Nordeste porque se comprometeu em atingir as seguintes metas mínimas de eficiência de operacionalidade. Ressalte-se que a concessão era de simples operação e a empresa ganhou a operação, por um prazo de 30 anos, pelo valor irrisório de R$ 15.000.000,00.

2.1. TKU (Ton por  km útil):
1998
1999
2000
2001
2002
Meta contratual                             0,900
       1.200       
       1.500
       1.700
         1.800
Realização pela empresa              0,640
       0,919
       0,711
       0,700
         0,490

2.2. Número de acidentes para milhão de trens x km
1998
1999
2000
2001
2002
Meta contratual                           161,50
  144,50      
  127,50
     110,50
       101,00
Realizado                                     391,27              
   393,33
  283,55
     262,27
       300,34

A partir de 2000 paralisou quase toda a malha ferroviária alegando que foi atingida por chuvas torrenciais e que esperava que o Governo Federal reconstruísse a malha e a devolvesse de mão beijada para que voltasse a operar, quando o edital da concorrência deixava claro que toda a operação seria por conta do arrendatário, inclusive, todos os reparos necessários.

A novela continua. Para acompanhar os novos capítulos confira abaixo a matéria publicada no Diario de Pernambuco de hoje. A raiz do problema, porém, segue dando frutos e em silêncio a TLSA continua a sua farra.


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