Mais uma vez o
preconceito contra o povo nordestino é despejado nas redes sociais. Em matéria
publicada na Folha de Pernambuco de hoje a designer recifense Laura Marinho, vítima
da discriminação, diz que vai levar o caso à Justiça para que a “agressora”,
identificada na rede como daniellebarretoo, seja devidamente punida.
Em novembro de 2011, as polêmicas
declarações da estudante gaúcha Sophia Fernandes, 18 anos, sobre os
nordestinos, levou a Ordem dos Advogados do Brasil em Pernambuco (OAB-PE) a
enviar uma notícia-crime ao Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul pedindo
investigações sobre o caso à Polícia Federal (PF).
Em maio de 2012 a estudante paulista Mayara Petruso foi condenada a 1
ano, 5 meses e 15 dias de prisão pelo crime de racismo contra os nordestinos. A
jovem postou mensagens preconceituosas e incitou violência contra nordestinos
em sua página no Twitter. A decisão foi da juíza federal Mônica Aparecida
Bonavina Camargo, da 9ª Vara Federal Criminal em São Paulo. As ofensas aconteceram no dia 31 de outubro de 2010,
logo depois da vitória nas eleições de Dilma Rousseff sobre José Serra.
“Nordestisto (sic) não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino
afogado!”, escreveu a estudante de direito. A jovem foi denunciada pelo
Ministério Público com base no artigo 20, parágrafo 2º, da Lei n.º 7.716/89,
que trata do crime de discriminação ou preconceito de procedência nacional. O
Diario de Pernambuco foi o primeiro jornal a denunciar o caso. A pena contra a estudante foi convertida em prestação
de serviço comunitário e pagamento de multa. Mayara, em sua defesa, admitiu que
publicou a mensagem e confessou ter sido motivada pelas eleições. Ela também
disse não ter intenção de ofender, negou ser preconceituosa e se declarou
arrependida. A estudante disse ainda que não esperava a repercussão que o caso
teve.
Nenhum comentário:
Postar um comentário