sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Seca e Nordeste: um outro olhar

Cada vez que ouvimos falar na imprensa nacional sobre a imagem do Nordeste atingido pela seca, captamos a fotografia de uma região que pede socorro. Mas há questões históricas de favorecimentos econômicos ao Sudeste e equívocos nas iniciativas políticas e governamentais que se escondem por trás dessa imagem, deslocando o foco das potencialidades que o Nordeste apresenta. Para esclarecer a realidade além do estereótipo, alguns veículos de comunicação publicados aqui têm se dedicado ao tema, como as revistas ECONORDESTE e NORDESTE VINTE E UM do mês de agosto.

Logo na chamada de abertura da série Seca no Nordeste, a ECONORDESTE esclarece: “Tachada como grande vilã – numa visão equivocada que ainda liga a região à errônea imagem estereotipada de uma terra estorricada, amaldiçoada e esquecida por Deus -, a seca no sertão nordestino data do século XVI, mas, somente cerca de duzentos anos depois passa a entrar de forma permanente nos relatos históricos”. No início da matéria a jornalista Samira de Castro continua elucidando os fatos. “Julgamentos superficiais sobre o fenômeno e interesses políticos conduziram à construção de explicações reducionistas dos problemas regionais como produtos de condições naturais adversas, do clima, da terra e de sua gente”. No texto fica claro que desde as grandes obras de açudagem ao agronegócio irrigado, apesar de algumas alterações na vontade política, as ações ainda passam muito longe da resolução do problema.

Na revista NORDESTE VINTE E UM cabe destacar um trecho da matéria As Fazendas Sertanejas que sugere: “... é urgente a necessidade de os órgãos responsáveis pelo desenvolvimento do Nordeste entenderem a drástica mudança ocorrida nos processos de elaboração e comercialização de produtos agropecuários, para planejarem eficazmente o desenvolvimento rural sustentável... Se as condições de clima e de solo limitam a produção agrícola de sequeiro das culturas tradicionais e a produção de carne bovina, deve-se redirecionar parte das atividades rurais para a geração daquilo que temos potencial para produzir, como fruticultura tropical irrigada, criação de camarão, de peixe, de abelha, ovinocaprinocultura, criação de animais silvestres e várias outras atividades agropecuárias. Precisamos tirar proveito das condições edafoclimáticas locais e não teimar em explorar plantas e animais não adaptados à região”.

3 comentários:

  1. há regiões mais secas e hostis que a estepe norte-oriental sulamericana tipo las vegas, salt lake city, zonas da australia, zonas anglo-boers antes de os rockfellers destruírem as reservas indígenas dali para lhes impor um modelo de civilização não compatível com aquele estagio primitivo a la oca de Piratininga ou mesmo sub-this..e essas zonas são muito mais bem sucedidas..ou seja, o bioma é só um pretexto..ainda mais numa época com tanta técnica..com painéis solares e centrais eólicas a estepe podia no mínimo ser imensa exportadora de energia..mas isso vai contra os interesses de outras regiões que preferem devastar amazonia em belo monte, dar de graça metade de itaipu a américa espanhola (desde que não fique com o ne vale tudo)..e por aí vai..

    ResponderExcluir
  2. há um certo temor por parte deles de o ne recuperar o peso que já teve; só isso explica tanta sabotagem ao longo de tanto tempo seguido..

    ResponderExcluir
  3. a civilização poderosa do atlântico central que ia do extremo leste a ibéria foi golpeada propositalmente a partir do xix por golpistas e seus lacaios mores do outro lado do atlântico..o Gustavo barroso nos explicitou nomes que ligam os golpistas de ambos os lados do atlântico..se o ne fosse um país, sendo maior que a argentina poderia ter um serviço tipo a cia que poderia investigar como o inimigo destruiu o poderio geopolítico tanto do ne quanto da ibéria e por que o fizeram..por mera inveja?..

    ResponderExcluir