Há uma lamentável constatação a extrair da reunião de 2ª feira, 21, dos governadores do Nordeste - o do Ceará, Cid Gomes, no meio - com a presidente da República, Dilma Roussef: a Sudene morreu. Reparem: o primeiro evento coletivo da liderança política nordestina deu-se bem longe da sede da Sudene, cujo Conselho Deliberativo, do qual fazem parte os governadores dos 9 estados de sua jurisdição, foi jogado no lixo da desmoralização.
Ora, se a Sudene - extinta por Fernando Henrique Cardoso sob acusações de corrupção e ressuscitada por Lula com o apelido de Nova Sudene - existe para ser, na prática, o fórum das decisões estratégicas do Nordeste, por que os governadores a desprezaram na inauguração do diálogo da Região com a presidente Dilma?
Se são os próprios líderes políticos da região que tratam de desautorizar a Sudene, que força têm hoje ou terão amanhã os apelos dos empresários e dos movimentos sociais no sentido de que se reanime a autarquia, cuja Lei Complementar de recriação foi sancionada com vetos que extraíram dela recursos financeiros importantes para o seu funcionamento?
O economista Paulo de Tarso de Moraes Souza, ex-diretor de incentivos fiscais da Sudene, pergunta por meio desta coluna: por que razão ainda não foi nomeado o superintendente da Sudene? Mais: Por que o Congresso ainda não apreciou os vetos que subtraíram recursos da Sudene?
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